De causa ainda desconhecida, a Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica e autoimune, caracterizada por um processo inflamatório nos neurônios. O tratamento convencional com medicação, abrevia a fase aguda e aumenta o intervalo entre um surto e outro. O transplante de medula é a mais recente novidade, e trata-se de um método de imunossupressão em altas doses.
Primeiro, os médicos retiram as células-tronco da medula óssea e aplicam uma carga intensa de quimioterápicos, para destruir a medula que não funciona adequadamente. Por último, faz-se o transplante das células-tronco saudáveis, para que a nova medula funcione normalmente.
O médico hematologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, José Zanis Neto, explica que a fonte de células progenitoras pode ser tanto a medula óssea quanto o sangue periférico. “Devido a facilidade da coleta e a reconstituição hematológica mais rápida, a infusão de sangue é o método mais utilizado”, afirma.“A destruição destes compartimentos anormais, seguida da reconstituição imunológica através da infusão de células-tronco, sem as células auto-reativas, pode levar à remissão da doença”, complementa o especialista.
Sobre a Esclerose Múltipla
Predominante entre mulheres de 20 a 40 anos, pode deixar sequelas, como dificuldade motora e visão dupla. Os principais sintomas são – alteração visual, fraqueza nos membros, desequilíbrio, falta de coordenação, alterações de sensibilidade e distúrbios urinários. “Não é uma doença fatal e muitos pacientes levam uma vida normal, porém pode interferir de várias maneiras na vida do paciente”, explica o médico do HNSG.
Como é considerada autoimune, o sistema imunológico passa a atacar o próprio organismo. Neste caso, a destruição da mielina, substância que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinhal e do nervo óptico, reage em diversas partes do corpo.
A confirmação da esclerose se dá através de uma série de diagnósticos e exames: ressonância magnética, testes clínicos, um exame chamado líquor – que recolhe líquido da medula espinhal e acompanhamento de seis meses do quadro.
Fonte: Bem Paraná