CDC, Centro de Controle de Doenças americano confirmou essa semana o primeiro caso de Ebola diagnosticado nos Estados Unidos. O vírus tem causado furor na mídia e medo na população. Porém, a resposta para o tratamento da epidemia pode vir de uma tecnologia em saúde.
Já é sabido que a transmissão do vírus se dá com o contato de fluídos da pessoa doente. Isso é preocupante, principalmente para os médicos e enfermeiros que tratam desses pacientes. Apesar dos alertas do CDC para o isolamento dos enfermos, o hospital de Dallas disse que o primeiro diagnosticado esteve perto de dezenas de pessoas, incluindo crianças, enquanto a doença não era confirmada.
”Infelizmente, os sintomas nos primeiros estágios do Ebola, quando é infeccioso, parecem com os de gripes e resfriados”, disse Joel E. Barthelemy, CEO da GlobalMed, empresa que trabalha com tecnologia em saúde e telemedicina. ”Portanto, se começar a se espalhar em nosso país, nós poderemos ver pessoas com Ebola, e pessoas que acham que possuem a doença, lotando prontos-socorros e emergências”, completou.
A maior preocupação de Joel, no entanto, são os médicos e enfermeiros. Segundo ele, enquanto não houverem medicamentos que curem o vírus em quantidade, eles são os últimos da linha de defesa. Se eles pegarem o vírus, todo o sistema de saúde sofrerá com a falta de profissionais e o sobrecarregamento de pacientes.
A sugestão dele para resolver esse problema é o uso da telemedicina, para separar fisicamente os pacientes com suspeitas de Ebola de médicos e enfermeiros. Joel argumenta que, em muitas partes do país, existem pacientes sendo tratados à distância e, não há motivos para que a mesma tecnologia em saúde não possa ser usada em pessoas que possam possuir Ebola.
Ele aproveita para criticar como o sistema de saúde americano trata os profissionais que usam a tecnologia em saúde. ”Os centros do Medicare e Medicaid não reembolsam médicos que usam telemedicina em áreas urbanas, por medo de que os médicos comecem a usá-las exageradamente.”
Joel defende que o reembolso é uma das principais razões pela qual muitos médicos não desenvolveram programas de telemedicina. A tecnologia em saúde tem sido usada nos Estados Unidos, em sua maioria, para tratar pacientes de áreas distantes. Esse tipo de comportamento pode trazer riscos para o profissional, que possui contato direto com diversas doenças que poderia ser evitado.
”Quem é mais vulnerável para espalhar uma doença infecciosa? Pessoas que vivem em áreas urbanas”, concluiu Joel.
FONTE: Empreender Saúde