“A chegada de novas tecnologias em Saúde não é um processo fácil”
Aproximar as pessoas das esferas governamentais é uma das saídas para alcançar conhecimento técnico e acompanhar as atividades desempenhadas por eles. A Dra. Maria Inez Pordeus Gadelha, diretora-substituta do Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência da SAS (Secretaria de Assistência à Saúde), do Ministério da Saúde, deu um longo panorama sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) no II Encontro de Blogueiros da Saúde.
O objetivo de um PCDT é estabelecer os critérios de diagnóstico de cada doença, seus tratamentos e os mecanismos para o monitoramento clínico em relação à efetividade do tratamento e a supervisão de possíveis efeitos adversos.
Em sua fala, Maria disse que cada protocolo deve ser adequado às normas do Sistema Único de Saúde (SUS) e que protocolar um medicamento não significa que este já está disponível, mas que se assume como dever prioritário sua disponibilização. “É um processo longo e trabalhoso. Uma de nossas conquistas foi conseguir trazer a exigência de médico especialista para o PCDT, pois as doenças não são as mesmas. Existem as etapas da pesquisa, da avaliação, da incorporação e da protocolização da nova tecnologia. Estas duas últimas, tem que contar com critérios científicos muito embasados, que vão além da comercialização do remédio”, explica Inez”, afirmou.
Agilizar os processos, pode prejudicar ou não causar efeito algum em quem vai receber a tecnologia. “Segundo publicações da Anvisa, 93% dos medicamentos que são postos no mercado nacional e internacional demonstram depois do uso que não eram efetivos para o combate daquela doença. Eles poderiam ser eficazes e seguros, mas não alteram em nada a condição do doente”, afirmou.
Apresentação:
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