Aplicativos também indicam a melhor forma de proteção de acordo com as condições climáticas
O carioca ama praia, isso é fato. E o sol ama o Rio de Janeiro. Mas, nem sempre a proteção contra os raios solares é feita de forma correta. Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia no Rio de Janeiro, 68% dos cariocas não usam protetor solar. Isso aumenta o risco de câncer de pele, e a rotina de ir à orla se torna um perigo à saúde. Mas novos produtos estão sendo lançados para “dar uma mãozinha” na proteção solar da população.
Um recurso que pode ajudar na vida de quem sempre se esquece do necessário protetor solar são as pulseiras e adesivos (R$ 13,40). Por meio da sua coloração, eles indicam quando deve ser reaplicado o protetor solar e quando a exposição ao sol pode prejudicar. Fernando Villela, sócio da empresa GMREIS, que está trazendo os produtos para o Brasil, explica que esse indicador de exposição solar foi criado em Israel. “A pulseira é um polímero, um plástico com cinco camadas. Os adesivos têm cinco camadas de produtos químicos, que têm interação com os raios UVA e UVB.” Para ativar a pulseira ou adesivo, é preciso sair no sol.
Preocupada com os hábitos dos cariocas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro lançou recentemente um aplicativo chamado Proteção UV. A ferramenta é gratuita e foi desenvolvida para iPhone e Android, oferecendo diariamente a cada usuário informações específicas de como se proteger dos raios solares de acordo com a condição climática do dia. Flávio Luz, presidente da SBDRJ, explica a importância do uso adequado dos filtros solares, principalmente no verão.
“O horário para pegar sol é muito relativo, depende da pele da pessoa e do raio ultravioleta no horário. O uso do aplicativo é público e identifica sua pele, lê o índice ultravioleta e fornece, automaticamente, o grau de proteção para a pessoa naquele momento”, explica o dermatologista. Uma dica para quem não conta com esse aplicativo é observar sua sombra. “Se ela estiver menor ou maior que você, provavelmente o índice de raio ultravioleta é grande”, ensina Flávio Luz.
Cláudia Alfradique, de 46 anos, professora de Educação Física, diz que tem costume de ir à praia cedo para fazer exercícios. “Esqueço o protetor solar porque não é aquele sol forte. Mas quando começa a queimar, eu logo penso nele e passo. Chego em casa ardida”, comenta. Ela conta que normalmente vai à praia, para curtir mesmo o mar, por volta das 13h, e como quer ficar bronzeada, deixa o protetor de lado e usa o bronzeador. O dermatologista Renato Soriani alerta que o protetor solar é algo indispensável na rotina de ir à praia. “Não basta o uso do filtro. É preciso evitar a exposição ao sol em determinados horários.”
Boas dicas
Segundo o médico Tenato Soriani, é importante o uso das chamadas barreiras físicas: roupas maiores, que cubram mais o corpo, bonés e óculos de sol. Ele também explica a diferença entre os raios UVA e UVB. “Alguns protetores só têm prevenção contra o raio UVB, que é aquele que te deixa queimado. É necessário estar atento ao raio UVA, que é aquele que atinge a área um pouco mais profunda da pele, podendo causar doenças como câncer de pele, além de aumentar o risco de envelhecimento.”
Lúcia Melo, de 77 anos, aposentada, tem sempre na bolsa protetor solar, até mesmo quando não vai à praia. “Quando eu era mais nova, ia muito à praia sem protetor. Hoje estou cheia de manchinhas”, lamenta. Agora, sempre que vai à praia usa chapéu e fica embaixo da barraca. “Sigo os conselhos do meu dermatologista para não causar mais problemas no futuro”, acrescenta. Lúcia tem o hábito de caminhar ao ar livre, mas dá preferência aos horários por volta de 8h ou às 18h, completou a aposentada, que é amante da Praia de Copacabana. “Assim sinto que vivo melhor, e quem sabe, mais”, brinca.
Fonte: Logistica Hospitalar
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