Já não é segredo que a alimentação está diretamente relacionada com a saúde, garantindo melhor qualidade de vida ou não (dependendo dos hábitos de cada indivíduo). E para que a rotina do dia a dia se mantenha equilibrada, não podemos subestimar a importância dos carboidratos. Constituídos por moléculas de carbono, oxigênio e hidrogênio, este macronutriente é a nossa principal fonte de energia para atividades corriqueiras, como andar, correr e trabalhar, bem como desempenha diversas funções em nosso organismo, entre elas a nutrição das células do sistema nervoso central. Mas você sabia que é necessário diferentes dosagens de consumo ao longo das etapas da vida?
Segundo Ana Pallottini, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), a quantidade de carboidratos recomendada varia de acordo com fatores como idade, sexo, atividade física, gravidez, amamentação e gasto energético diário. “Os adultos devem consumir carboidratos na faixa de 55% a 75% do total de calorias diárias, correspondendo ao equivalente de 5 a 9 porções por dia. Já as crianças, precisam de pelo menos 50% a 60% do total de calorias consumidas todos os dias, ou seja, quase metade do que comemos deve vir das fontes do nutriente”, explica.
Para os grupos alimentares de cereais, pães, massas e tubérculos, as porções diárias devem satisfazer os seguintes valores: três porções para crianças de 6 a 11 meses de idade; cinco porções para crianças de 1 a 3 anos; cinco porções para os períodos pré-escolar e escolar; cinco a nove porções para adolescentes. Vale lembrar que enquanto o adulto tem uma capacidade gástrica de cerca de 1 litro, o volume do estômago dos pequenos corresponde a 20-30ml/kg e eles ainda possuem uma necessidade de micronutrientes em média três vezes maior.
A especialista alerta que nos adultos a escassez de carboidratos pode causar tonturas, dores de cabeça, meu hálito, cansaço e até alterações de humor. Além disso, provoca a irregularidade na absorção das proteínas, já que, sem esses macronutrientes o corpo precisa encontrar outra fonte de energia para a sua manutenção. Para as crianças, a ausência pode prejudicar o desenvolvimento físico e cognitivo, além de marcar profundamente a forma com que seus hábitos alimentares serão constituídos.
Para ter uma alimentação balanceada, portanto, é importante combinar fontes variadas dos grupos alimentares (proteínas, carboidratos e gorduras) e privilegiar os alimentos integrais, ricos em fibras, incentivando o consumo desde cedo, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “As fibras são importantes nos cuidados de diversas situações nutricionais como a constipação intestinal, o ganho de peso, o controle de colesterol, doenças cardiovasculares e diabetes”, finaliza Ana.
Fonte: Assessoria de Imprensa