Em 2016, a cidade de Cuiabá estava em zona de risco em relação à Dengue, Zika e Chikungunya. Em 2017, segundo o Boletim Epidemiológico, fechado em novembro pela Secretaria Municipal de Saúde, somente os números dos casos de Dengue diminuíram.
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Zoonozes, Alessandra Carvalho, a população de Cuiabá não deve se acomodar, pois apesar de algumas baixas, houve um aumento em relação à Chikungunya. Foram notificados 788 casos. Desses, foram confirmados 588.
Segundo ela, ações estão sendo realizadas para conscientizar a população sobre os cuidados que o morador deve ter, principalmente em casa, e realizadas palestras em escolas públicas para que as crianças tenham noção da gravidade do problema. Alessandra diz ainda que, para haver uma diminuição de casos, a população e o governo devem trabalhar em parceria.
“Nós precisamos, sim, enquanto população, enquanto governo, ficar atentos a qualquer lugar que acumule água parada. Porque é através da limpeza, da eliminação, da sensibilização desses locais que acumulem água, do entendimento de que aquele local, se eu permitir a permanência dele naquela situação acumulando água, vai se tornar um criadouro e, provavelmente, haverá proliferação de mosquito”, disse a coordenadora.
Acometida por Dengue, Selba Badotti, 53 anos, dois filhos e moradora do Bairro Jardim Itália, teve dificuldades para se alimentar na época em que contraiu a doença. Ficou três dias sem comer. Com isso, ela perdeu cerca de dois quilos e meio. A funcionária pública demorou para ir ao hospital e chegou a desmaiar quando foi realizar o diagnóstico sobre a doença.
Uma das suspeitas de Selba sobre o local em que contraiu a patologia está relacionada a uma reserva ambiental no fim da rua onde mora. Muitas pessoas jogam lixo na área, o que torna o local propício para a proliferação do mosquito.“A sensação de ficar doente já não é fácil, né? Você fica limitado, primeiro com dor, segundo sem conseguir comer, sem ânimo para nada, sem consegui fazer as coisas que você tem de fazer, trabalhar, enfim, viver a sua vida. Você não consegue nem sair do quarto. É uma sensação de impotência. É muito triste”, afirmou Selba.
Faça parte dessa luta e não deixe que o mosquito se prolifere. Verifique acúmulos de água em pneus, latas, vidros, garrafas, vasos de flores, pratos de vasos, caixas d’água, tampinhas de garrafas, entre outros. Se reúna com os vizinhos, se mobilize para que a região onde você mora não seja afetada. Participe também e lembre-se de que um mosquito pode prejudicar uma vida e o combate começa por você. Para mais informações sobre o assunto, acesse o site do governo.
Fonte: http://midianews.com.br/cotidiano/numero-de-casos-de-dengue-diminuem-chikungunya-aumentam/315247