O uso do dolutegravir será exclusivo para quem apresentou resistência aos medicamentos atuais e também para quem ainda não iniciou o tratamento. O antirretroviral “dolutegravir” tem a indicação de ser utilizado em início de tratamento e aos pacientes com resistência a antirretrovirais mais antigos. O Ministério da Saúde diz que a mudança não vai causar impacto no orçamento porque o medicamento saiu 70% mais barato. Atualmente, o esquema de tratamento das pessoas na fase inicial é composto pelos medicamentos tenofovir, lamivudina e efavirenz, conhecido como 3 em 1. A partir de 2017, o Dolutegravir associado ao 2 em 1 (Tenofovir e Lamivudina) será indicado no lugar do Efavirenz. A oferta do novo antirretroviral para novos pacientes no SUS ocorre diante da atualização do protocolo clínico de diretrizes para o manejo da infecção para o HIV e recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde). O Ministério da Saúde diz que o principal benefício vai ser justamente a diminuição dos efeitos colaterais e da rejeição ao tratamento. De acordo com o ministério, o remédio traz menos efeitos adversos que a terapia usual e facilita a adesão ao tratamento, porque ele é feito apenas com um comprimido diário.
A partir de janeiro de 2017, a rede pública de saúde deverá contar com um novo medicamento para o tratamento de pacientes com HIV. “Ofertar no SUS é uma inovação ousada”, afirma. Segundo o ministro Ricardo Barros, a incorporação da droga não altera o orçamento atual do ministério. “Neste julgamento, está em jogo o acesso à Justiça, a integralidade e universalidade do acesso à saúde e o limite da capacidade contributiva do cidadão”, completou. Temos de um lado o cidadão que precisa de assistência e de outro o que paga impostos. “As ações obrigam gestores a deslocarem recursos de atividades programadas, como vacinação, atenção básica, para outra priorizada pelas ações judiciais”, disse. Todo ano, o Brasil registra em média 40 mil novos casos de Aids, mas esse número está aumentando. No intervalo de 2010 a 2014, foram registrados 40,6 mil novos casos por ano, em média.
Fonte: Tomar TV