A partir de 1º de outubro, os medicamentos disponíveis na rede pública de saúde de Porto Alegre serão disponibilizados apenas aos moradores da Capital gaúcha. A medida faz parte das novas regras para distribuição de remédios na rede pública, detalhadas em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira pelo secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
Em nota, a prefeitura aponta que os mecanismos de controle nas principais farmácias distritais apontam que pelo menos 40% dos medicamentos distribuídos gratuitamente são retirados por usuários de outras cidades.
“Esta distorção tem trazido graves prejuízos para a rede de saúde em Porto Alegre. Por isso estamos fazendo uma reorganização geral no sistema, para garantir que os recursos que estamos gastando a mais sejam aplicados na melhoria da qualidade do atendimento para os cidadãos da Capital”, salientou Ritter. O secretário destacou que a população será informada nas unidades sobre as alterações ao longo do mês de setembro.
O Executivo municipal aponta que o gasto de Porto Alegre com medicamentos aumentou 100% nos últimos 4 anos. Só em 2014, a Capital aplicou R$ 12 milhões além do que recebeu em repasses, totalizando R$ 26 milhões. Em vez de aportar R$ 2,36 por habitante, Porto Alegre vem gastando R$ 11,00 per capita. Os valores repassados pela União para compra de medicamentos não têm correção desde 2010. Ao longo desse período, o aumento no custo real com a compra teve variações de 8 a 600%.
Fonte: jcrs.uol