A Novartis anunciou resultados estatisticamente significativos de sobrevida global (OS) para o Kisqali (ribociclibe) combinado com uma terapia endócrina.
O estudo clínico de fase III MONALEESA-7 avaliou o uso do Kisqali combinado com terapia endócrina (gosserrelina mais um inibidor da aromatase ou tamoxifeno) como tratamento inicial em comparação com a administração exclusiva de terapia endócrina em mulheres na pré-menopausa e na perimenopausa com câncer de mama avançado ou metastático positivo para os receptores hormonais e receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 negativo (HR+/HER2-).
Os resultados de sobrevida global do MONALEESA-7 foram apresentados recentemente durante a Reunião Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) (Resumo #LBA10008) e serão publicados no The New England Journal of Medicine.
A prolongação significativa da sobrevida atingiu os critérios iniciais de eficácia de interrupção em uma análise intermédia pré-especificada depois de 192 mortes (OS média não atingida vs. 40.9 [95% CI: 37.8-NE] meses; HR=0.712 [0.535-0.948]; p=0.00973). As taxas de sobrevida global na população intenção de tratar (n=672) em 42 meses foram de 70.2% para as terapias combinadas com Kisqali em comparação com 46.0% correspondente à terapia exclusivamente endócrina.
No momento da coleta de dados, 35% das mulheres que recebiam uma terapia combinada com Kisqali seguiam em tratamento. Não foram observados novos problemas de segurança. Não é indicado o uso do Kisqali com tamoxifeno.
“O benefício da sobrevida global é considerado o ‘modelo de excelência’ dos estudos clínicos do câncer, mais é difícil de atingir no caso do câncer de mama metastático HR+/HER2-. O MONALEESA-7 atingiu esse parâmetro essencial antes do previsto”, disse Sara Hurvitz, doutora em Medicina e diretora da Jonsson Comprehensive Cancer Center Clinical Research Unit e do Breast Cancer Clinical Trials Program da UCLA.
“Resultados de tanto impacto quanto essas descobertas sobre o ribociclibe são nosso objetivo em todos os estudos clínicos. Conseguir uma melhora na sobrevida global de uma doença incurável como o câncer metastático de mama é um avanço extraordinário para os pacientes”.
Susanne Schaffert, PhD e diretora executiva da Novartis Oncology, acrescentou: “O Kisqali é o inibidor de CDK4/6 que atingiu um benefício em sobrevida global estatisticamente significativo em combinação com uma terapia endócrina, e temos muito orgulho de compartilhar esses dados tão poderosos com a comunidade médica e de pacientes.
Estes resultados tão otimistas acentuam o perfil já demonstrado de eficácia e segurança do Kisqali, reforçam-no como tratamento padrão para as pessoas vivendo com câncer de mama metastático HR+/HER2- e encoraja-nos a seguir repensando a medicina”.
Resultados de análises de subgrupos mostraram que o uso do Kisqali mais um inibidor da aromatase apresentou uma redução em 30.0% do risco de morte em comparação com o uso exclusivo de um inibidor da aromatase (OS média não atingida vs. 40.7 meses [37.4-NE]; HR=0.699 [0.501-0.976]). O uso do Kisqali mais tamoxifeno apresentou uma redução em 20.9% do risco de morte em comparação com o uso exclusivo do tamoxifeno (HR=0.791 [0.454-1.377]).
Não é indicado o uso do Kisqali com tamoxifeno. Na análise primária do MONALEESA-7, o aumento do QTcF foi, em média, maior e igual a 10 milissegundos em pessoas que receberam tamoxifeno mais placebo em comparação com aquelas que receberam um inibidor da aromatase e placebo.
“O Kisqali tem caraterísticas que o diferenciam de outros inibidores de CDK4/6. Para começar, o Kisqali apresenta uma inibição especialmente forte contra a CDK4. Segundo dados pré-clínicos, o Kisqali é de quatro a cinco vezes mais potente contra a CDK4 em comparação com a CDK6.
A CDK4 é, provavelmente, a CDK dominante do câncer de mama e um motor principal para a progressão da doença”, disse Jeff Engelman, doutor em Medicina e diretor geral de Pesquisa Oncológica do Novartis Institutes for BioMedical Research.
O uso do Kisqali é aprovado em mais de 75 países do mundo, incluindo os Estados Unidos e os estados membros da União Europeia. Inicialmente, foi aprovado pela US Food and Drug Administration (FDA) em março de 2017 e pela Comissão Europeia (CE) em agosto de 2017 como uma terapia com base endócrina para mulheres na pós-menopausa com câncer de mama localmente avançado ou metastático HR+/HER2- em combinação com um inibidor da aromatase, devido às descobertas do estudo clínico MONALEESA-2.
O Kisqali em combinação com um inibidor da aromatase no tratamento de mulheres na pré, peri e pós-menopausa como terapia inicial com base endócrina foi aprovado e seu uso foi indicado em combinação com fulvestranto, seja como terapia de primeira ou de segunda linha, em mulheres na pós-menopausa, pela FDA em julho de 2018 e pela CE em dezembro do mesmo ano. Já estão sendo apresentados mais pedidos de aprovação a outras autoridades de saúde do mundo.
O Kisqali foi desenvolvido pelo Novartis Institutes for Biomedical Research (NIBR) numa pesquisa em colaboração com a Astex Pharmaceuticals.
A Novartis e o câncer de mama avançado
A Novartis combate o câncer de mama com as melhores técnicas científicas, através de colaborações e com uma grande paixão pela melhora da assistência médica dos pacientes.
Adotamos uma abordagem audaz em nossas pesquisas ao incluir pacientes de populações frequentemente negligenciadas nos ensaios clínicos, ao identificar novos caminhos ou mutações que poderiam desempenhar um papel na progressão da doença e ao desenvolver terapias que, além de manter, melhoram a qualidade de vida dos pacientes.
Nos últimos 30 anos e até o dia de hoje, nossa prioridade é oferecer tratamentos que melhorem e prolonguem a vida de todas aquelas pacientes diagnosticadas com câncer de mama avançado.
Fonte: Assessoria de imprensa