“Estou aqui de plantão com um paciente cardiológico com comprometimento renal, em estado grave, com complicações que demandam atitudes imediatas e precisas para salvá-lo, melhorá-lo ou pelo menos aliviá-lo do sofrimento. Até para proporcionar dignidade se for o caso. Mas terei que assistir impotente o desfecho de uma evolução, porque não há medicamentos” relatou a médica no último domingo na internet (6).
Kátia afirmou ainda que não havia como realizar exames simples, que a rede de oxigênio do HE no Amapá é precária, não há ventiladores, desfibriladores e outros equipamentos e também não havia leito de UTI disponível.
Embora acostumada com o dia-a-dia dos hospitais a médica não escondeu a revolta e apelou para o emocional, questionando aqueles que legitimaram através do voto o atual quadro na saúde pública, lembrando a possibilidade do paciente em estado grave ser filho, pai ou amigo dessas pessoas.
A postagem foi reproduzida em diversas redes sociais comentários e inúmeras criticas ao governador Waldez Góes (PDT). Com menos de um ano no atual mandato Waldez já nomeou dois secretários de saúde assim como os secretários adjuntos. As mudanças porém não trouxeram efeito e os problemas na saúde permanecem.
Dois dias antes da manifestação da médica, enfermeiros e técnicos em enfermagem haviam reunido na entrada do mesmo hospital para protestar contra as condições de trabalho e denunciar a falta de medicamentos e materiais básicos como luvas e detergentes.
Mesmo diante da repercussão da postagem da médica nas redes sociais, tanto a Secretaria de Estado da Saúde como a direção do hospital ainda não se manifestaram sobre a situação.
Fonte: Brasil 247