Apesar de preferirem recorrer às associações de pacientes em vez das empresas farmacêuticas, pacientes gostariam que ambos trabalhassem juntos para proporcionar uma experiência mais integrada.
Em busca de oferecer melhores experiências aos pacientes, as empresas farmacêuticas devem colaborar com associações sem fins lucrativos que prestam serviços de apoio e lutam pelos direitos dos pacientes, mostra novo estudo da Accenture (NYSE: ACN).
Com base em entrevistas com 4.000 pacientes nos EUA e na Europa, o Patient Services Study analisa o papel das associações de pacientes na oferta de suporte, informações e demais serviços aos pacientes, além de avaliar se uma maior colaboração entre empresas do setor farmacêutico poderia melhorar a experiência e os cuidados dos pacientes. O estudo focou em três quadros diagnósticos – enxaqueca, artrite reumatoide e leucemia linfoide crônica – escolhidas pelo forte impacto na rotina dos seus portadores.
O levantamento mostra que os pacientes, independentemente do país ou estágio da doença, valorizam serviços de associações de pacientes e dão preferência a elas em vez de empresas do setor farmacêutico. Isso vale não apenas para apoio emocional e acesso a grupos de apoio comunitário – serviços que as associações de pacientes geralmente oferecem – mas para informações sobre terapias e estudos clínicos, tradicionalmente fornecidas pelas empresas do setor.
Menos da metade (47%) dos pacientes entrevistados afirmaram que as empresas farmacêuticas entendem suas necessidades emocionais e físicas relacionadas à doença. Na verdade, a nota mais baixa nesse quesito vai para as empresas do setor farmacêutico, atrás de médicos, farmácias, associações de pacientes e seguradoras/planos de saúde.
A maior lacuna está nos EUA, onde 67% dos entrevistados afirmam que as associações de pacientes compreendem melhor suas necessidades, enquanto apenas 48% dizem o mesmo sobre as empresas do setor farmacêutico.
Ainda assim, 84% dos pacientes acreditam que as associações de pacientes deveriam trabalhar juntamente às empresas farmacêuticas para criar experiências mais integradas. Na verdade, os pacientes acreditam que é mais importante que as associações de pacientes trabalhem em conjunto com as empresas farmacêuticas do que com outros players da área, incluindo profissionais de saúde, seguradoras e planos de saúde e farmácias.
Eles também disseram que estariam dispostos a compartilhar informações mais detalhadas sobre o impacto diário de suas condições, se isso os ajudasse a receber um tratamento melhor.
“Essas conclusões fazem todo sentido, tendo em vista o caráter mais direcionado da New Science – mais personalizada e muitas vezes com uma abordagem de tratamento mais complexa – e o fato de que um impacto real exige uma compreensão mais profunda do paciente”, explica Eva Wiedenhöft, diretora geral da prática de Life Sciences da Accenture.
“Nesse sentido, uma colaboração maior entre o setor farmacêutico e associações de pacientes pode beneficiar os dois lados.”
Entre os principais benefícios de uma maior colaboração entre associações de pacientes e empresas farmacêuticas estão o acesso mais fácil a informações sobre sua condição e tratamentos (56%), acesso mais fácil ao tratamento (56%) e cuidados mais personalizados (54%).
“A aproximação com associações de pacientes faz com que as empresas farmacêuticas se aproximem dos pacientes e desenvolvam uma compreensão muito mais profunda deles, como pessoas, não apenas pacientes”, afirma Keena Patel, diretora geral da prática de Life Sciences da Accenture.
“Nosso estudo mostra que as pessoas estão se engajando cada vez mais cedo e com maior frequência com as associações de pacientes, o que não acontece com as empresas do setor farmacêutico.
Esse trabalho conjunto pode permitir uma compreensão muito mais rica das necessidades dos pacientes ainda no início do processo de cuidado e potencialmente levar à criação de serviços inteiramente novos que aumentem drasticamente o padrão de atendimento, particularmente nos EUA”.
O relatório também observa que, na Europa, não havia uma organização ou um agente no ecossistema de saúde que se destacasse em experiência do usuário, com os pacientes recorrendo a profissionais da área, seguradoras e planos de saúde, associações de pacientes, farmácias e empresas farmacêuticas de maneira quase uniforme. Apesar disso, a maioria dos entrevistados na Europa mostrou frustração com a experiência de cuidado e suporte recebidos no geral.
“Isso indica uma oportunidade para as empresas farmacêuticas tomarem uma posição sobre como desejam maximizar sua contribuição para as experiências e resultados dos pacientes, além do impacto imediato da medicação”, afirma Eva Wiedenhöft.
“Isso poderia ajudá-los, por exemplo, a identificar quanto da experiência do paciente desejam assumir, em quais áreas de serviço desejam se destacar e em que medida, e como planejam colaborar com outros participantes do ecossistema de saúde para conduzir experiências e resultados dos pacientes de forma mais holística.”
Metodologia
A fim de entender o papel das associações de pacientes na oferta de apoio, informações e outros serviços, a Accenture entrevistou 4.000 pacientes com idades entre 18 e 65 anos na Alemanha, EUA, França e Reino Unido sofrendo de uma das três condições específicas – enxaqueca, artrite reumatoide e leucemia linfoide crônica.
O objetivo era conhecer mais sobre suas experiências com serviços oferecidos por associações de pacientes e relacionados a serviços de empresas farmacêuticas e outros players do setor de saúde. O estudo foi conduzido por telefone e finalizado em abril de 2019.
Sobre a Accenture
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Fonte: Segs – Saúde