“É normal todo mundo querer ‘aquela ou essa’ medicação que está chegando no país, mas temos que sentar com o paciente e verificar o que é o melhor para ele. Não é como uma receita de bolo, cada caso deve ser tratado individualmente”, defendeu a médica Ana Claudia Piccolo, neurologista chefe do ambulatório de Esclerose Múltipla do Hospital Santa Marcelina, convidada para o I Encontro Nacional de Blogueiros de Esclerose Múltipla, realizado em 07 de novembro.
Convidada a falar sobre o presente e o futuro das medicações para os tratamentos em E.M., Ana explica que atualmente no mercado já se tem o natalizumabe, para controlar os casos que não respondem aos imunomoduladores (injeções), disponibilizados no SUS desde 2011.
Sobre as novidades que chegam ao Brasil, está o medicamento Fingolimode (via oral), aprovado pelo SUS em novembro de 2014 e que poderá ser usado a partir de janeiro de 2015.
Pela ANVISA foram aprovados mais dois, segundo a médica: o teriflunomida (via oral), com a mesma eficácia dos imunomoduladores; e também o Alentuzumabe, indicado para doenças em estágio muito ativos nos quais não podem ser utilizados o natalizumabe.
“Temos também o transplante de medula óssea, que ainda não está totalmente estabelecido. Existem poucos centros que fazem o transplante para os casos de pacientes com escleroses graves e que não respondem aos medicamentos disponíveis. O tratamento ainda está em estudo e é um processo cauteloso”, diz a neurologista.
Assista à palestra da Dra. Ana Maria Piccolo