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Dia do teste do pezinho: tire as principais dúvidas sobre o procedimento

A coleta de uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê é o suficiente para identificar a probabilidade do surgimento de algumas doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas que causam danos à saúde e sequelas por toda a vida. Mas você sabe como funciona esse exame popularmente chamado de “teste do pezinho” e que é obrigatório no país? A pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Ana Paula Sakamoto, tira algumas dúvidas sobre o procedimento:

1. Qual a importância de realizar o teste?

O teste do pezinho, ou triagem neonatal, de acordo com a pediatra, é capaz de identificar recém-nascidos com alta probabilidade de apresentar algumas doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas que podem causar problemas à saúde.

A médica lembra que o teste por si só não faz o diagnóstico, pois a maioria dos bebês não manifesta nenhum sinal ou sintoma nos primeiros dias de vida. Por isso, quando o resultado dá positivo é preciso realizar exames específicos, para então, confirmar o diagnóstico.


2. Quando deve ser feito o teste?

O ideal é que o teste seja coletado 48 horas após o nascimento do bebê, de preferência entre o terceiro e o quinto dia de vida. Este período, segundo a especialista, deve ser respeitado para aumentar o raio de identificação de doenças, já que nas primeiras horas de vida algumas enfermidades não são detectadas.

Assim como realizar o procedimento antes do tempo sugerido não é aconselhável, coletar depois deste período também. Ana Paula ressalta que isso pode atrasar as intervenções e o tratamento específico caso seja detectado algum problema.

3. A amamentação pode interferir no resultado?

Sim. De acordo com a especialista, é importante que a coleta seja feita após 48 horas de amamentação, pois a análise pode sofrer influência das alterações hormonais e metabólicas que naturalmente ocorrem com a transição da vida fetal para a vida pós-natal.

No caso da fenilcetonúria, doença que pode ser identificada no teste, é necessário que o bebê tenha recebido alimentação proteica, ou seja, leite materno ou fórmula láctea, por no mínimo 24 horas antes da coleta.

4. Por que o sangue é retirado do calcanhar?

A escolha por retirar as gotas do calcanhar é feita por ser uma região rica em vasos sanguíneos, tornando a intervenção menos dolorosa ao bebê.

5. Há diferentes testes de pezinho? Qual a diferença entre eles?

Atualmente existem quatro tipos de exames, e a escolha, como lembra Ana Paula, deve ser ponderada entre os pais e a equipe médica.

– Teste Básico: obrigatório por lei em todo país e disponível na rede pública. Neste tipo, são testadas as doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias, Hiperplasia Adrenal congênita e Deficiência de Biotinidase.

– Teste Ampliado ou MAIS: Neste procedimento está incluso o teste de todas as doenças do Básico, mais Deficiência de G6PD, Galactosemia, Leucinose, Toxoplasmose congênita.

– Teste Expandido ou SUPER: Compõe a triagem de 48 doenças – 10 doenças triadas no teste Ampliado mais 38 outras doenças.

– Teste para imunodeficiências congênitas (SCID e AGAMA): Detecta um grupo de doenças genéticas graves que se caracterizam pela não produção de células de defesa T e/ou B, nem de anticorpos protetores.

Fonte: Hospital Edmundo Vasconcelos

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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