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Cinco dúvidas sobre suspender a menstruação

Especialista revela se método é saudável e se todas as mulheres podem fazer essa escolha

Para muitas mulheres o período menstrual resume-se a cólicas, irritação, inchaço e TPM. Neste cenário, interromper ou suspender a menstruação permanentemente tem sido uma boa opção. De acordo com *Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta da Criogênesis, foi-se o tempo em que a menstruação era o melhor termômetro do bom funcionamento do organismo e um sinal evidente que não ocorreu gravidez. “Desde o momento que ocorreu uma mudança no papel da mulher na sociedade, aumenta-se o número de pacientes que desejam suspender a menstruação”, comenta.

 Embora o tema seja relevante entre as mulheres, ainda existe muito receio em parar de menstruar. Abaixo, o especialista esclarece algumas dúvidas sobre o assunto. Confira:

Todas as mulheres podem suspender a menstruação?

Sim, porém qualquer método que possua estrogênio não deve ser utilizado por mulheres com hipertensão não controlada, que tenham passado por cirurgia de grande porte com imobilização prolongada, que tenham antecedente de acidente vascular cerebral, doenças cardíacas isquêmicas, enxaquecas severas, tumores hepáticos ou hepatites agudas.

 Quem tem mioma e/ ou endometriose pode se beneficiar com a suspensão?

Sim, suspender a menstruação também pode ser tratamento para algumas doenças como mioma e/ ou endometriose. Para o mioma, por exemplo, o possível sangramento intenso pode ser controlado pela suspensão da menstruação. “No caso da endometriose, que caracteriza-se pela presença de tecido endometrial implantado fora da cavidade uterina, pode cursar, para algumas pacientes durante sua menstruação, com intensas dores, diarreia e até mesmo sangue na urina. Nesta situação, a suspensão seria uma excelente alternativa para diminuir esses sintomas, porém lembrando que, essa técnica pode tornar a chance de gravidez praticamente nula”, explica Oliveira.

Parar de menstruar causa infertilidade?

Não, os métodos hormonais não causam infertilidade permanente. “A interrupção do método e o retorno aos ciclos menstruais sugere o retorno à fertilidade. No entanto, há outros fatores que podem associar-se à dificuldade de engravidar, como a idade, por exemplo. Dessa forma, não é o fato de ter usado 10 a 15 anos de anticoncepcional, que dificulta a gravidez, mas sim o fato da paciente ter perdido esses anos de vida reprodutiva”, esclarece o especialista.

Quais são os métodos para suspender a menstruação?

O método mais comum é o uso contínuo da pílula anticoncepcional. Neste caso, a paciente toma o medicamento, que pode ser uma combinação dos hormônios estrogênio e progesterona, ou somente a progesterona, sem interrupções. Dentre os outros métodos estão: DIU liberador de levonorgestrel, opção que pode evitar a menstruação e a gravidez, sendo aconselhado mantê-lo por até cinco anos; Implante subcutâneo – um pequeno bastão flexível, mais fino que um palito de dente, é fabricado à base de progesterona e deve ser colocado sob a pele no antebraço; e a Injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona.

 Como escolher o melhor método?

A suspensão da menstruação deve ser indicada por um especialista. “A prescrição de qualquer método deve considerar a segurança para cada paciente conforme os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, a consulta médica é fundamental para evitar os riscos da automedicação”, finaliza.

*Renato de Oliveira – Formado em Medicina no ano de 2007 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Residência em Ginecologia e Obstetrícia entre 2009 e 2012 no Centro de Atenção Integral à saúde da Mulher (CAISM) na UNICAMP. Especialização médica em Reprodução humana na Faculdade de Medicina do ABC, entre 2012 a 2014.

Fonte: Dezoito Assessoria de Imprensa

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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