O avanço nas técnicas de reprodução humana assistida permite que a gravidez ocorra sem risco ao bebê
De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2017, do Ministério da Saúde (MS), há mais de 882 mil contaminados com Aids no Brasil. A maior parte deles tem entre 25 e 39 anos, sendo 52,9% homens e 49% mulheres. Ou seja, são pessoas em idade reprodutiva, que, mesmo sendo portadores de uma doença crônica, têm o sonho de formar ou aumentar a família.
Porém, existe o receio de transmitir o vírus HIV através de relações sexuais e da gestação. Felizmente, com o avanço das técnicas de reprodução humana assistida, hoje é possível que a gravidez ocorra com pouquíssimas chances de contaminação.
Mas, para que isso aconteça, é fundamental que os portadores da doença estejam tomando as medicações antirretrovirais corretamente, que são capazes de deixar a carga viral da doença indetectável antes de se submeter aos tratamentos nas clínicas de reprodução humana. O acompanhamento deve ser feito em conjunto por um médico infectologista e por um ginecologista especialista em reprodução assistida, que indicarão os exames necessários para definir os melhores procedimentos para o casal e vão acompanhá-lo durante toda a gestação.
Os tratamentos
De acordo com Dr. Dani Ejzenberg, ginecologista e especialista em reprodução assistida, se apenas o marido for portador do vírus HIV, para que não ocorra risco de contaminação da sua esposa durante a relação sexual visando uma gestação, devem ser realizadas múltiplas lavagens do sêmen em laboratório, que separam eventuais partículas do vírus dos espermatozóides. O procedimento só é possível porque o vírus pode ser encontrado no líquido seminal, mas não fica integrado aos espermatozoides. Portanto, com a lavagem, é possível separá-los. Após a técnica, é feito um teste chamado PCR, que consegue verificar se o sêmen está livre dos vírus. “Com isso, o espermatozoide do parceiro é inserido no útero através da inseminação artificial ou diretamente no óvulo pela Fertilização in Vitro (FIV), para que a gravidez ocorra sem risco de transmissão do vírus tanto para a mulher, como para o feto”, explica o especialista.
Quando um dos membros do casal está infectado pelo HIV deve ocorrer uma completa investigação do casal em busca de outras DST´s (doenças sexualmente transmissíveis), que podem alterar o tipo de tratamento. Isso acontece porque algumas DST´s podem causar inflamações na pelve e danificar as tubas. Dessa forma, após a avaliação do casal, o especialista em reprodução assistida determinará o melhor tratamento, que pode ser a inseminação artificial ou a FIV, com a lavagem seminal feita nos espermatozoides do parceiro caso este seja portador do HIV, aumentando, assim, a segurança da gravidez.
Gravidez e parto
O Dr. Ejzenberg ressalta, ainda, a importância das pacientes soropositivas continuarem os tratamentos que combatem o vírus durante toda a gravidez, principalmente pelo fato do maior risco de contaminação do bebê no momento do parto pelo contato com o sangue materno. De acordo com o especialista, cada caso é analisado para definir o melhor tipo de parto. Mesmo a cesárea eletiva sendo a indicação mais comum, é possível que grávidas soropositivas tenham parto normal, tomando-se, é claro, os devidos cuidados. “Durante o parto, é evitado qualquer tipo de contato do feto com o sangue ou secreções maternas, para que ele não seja contaminado. Mas, como ainda existe esse risco, manter o uso da medicação antirretroviral é fundamental para reduzir a carga viral da doença e diminuir o risco de contaminação”, explica o Dr. Dani.
Vale saber!
A amamentação não é recomendada no Brasil para pacientes portadoras de HIV, assim como nos Estados Unidos e na maioria dos países da Europa, visto que há um risco de contaminação por essa via, mesmo que baixo. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece a fórmula infantil até o sexto mês de vida do bebê. Vale ressaltar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) deixa livre para que cada país tome suas medidas em relação a esse assunto, considerando fatores sociais, econômicos e culturais.
Sobre a Genics Medicina Reprodutiva
Com apenas oito anos de existência, a Genics Medicina Reprodutiva tornou-se referência em tratamentos para casais que apresentam dificuldades para engravidar. Visando o desenvolvimento contínuo e aplicação das melhores técnicas e práticas em reprodução humana, a Genics oferece diversos tratamentos modernos, com profissionais altamente qualificados e credenciados como especialistas em sociedades médicas brasileiras. Fertilização In Vitro, congelamento de óvulos, embriões e espermatozoides, inseminação ultra-uterina e tratamentos em pacientes oncológicos, com HIV ou portadores de necessidades especiais são alguns dos procedimentos adotados pela Genics. Afinal, a grande missão da Genics Medicina Reprodutiva é ultrapassar e vencer as expectativas em relação às dificuldades da concepção, por meio de atendimento eficiente, diferenciado e humanizado.
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