Apesar de terem os mesmos sintomas, doenças têm caraterísticas e tratamentos diferentes
Muitas doenças apresentam sintomas semelhantes e acabam confundindo os pacientes. Dois exemplos que geram algumas dúvidas são a bronquite e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Ambas atingem os brônquios, têm origem pulmonar e seus principais sintomas são falta de ar, tosse e produção de muco. Por mais que no início se manifestem de maneira parecida, tanto o diagnóstico como o tratamento são diferentes. Para melhor compreensão das diferenças entre essas doenças, o Dr. José Roberto Megda Filho, pneumologista da residência de Clínica Médica do Hospital Universitário de Taubaté, explica que “basicamente, bronquite é a inflamação dos brônquios e a DPOC, a junção entre bronquite crônica e a enfisema pulmonar”. Confira as principais informações e diferenciações das doenças:
Causada principalmente pelo tabagismo, a DPOC diminui o fluxo de ar dos pulmões, podendo dificultar as atividades mais básicas no dia a dia do paciente, como tomar banho, comer, subir escadas ou caminhar curtas distâncias. Essa doença atinge cerca de 14,9% da população brasileira com idade superior a 40 anos e tem relação com cigarro em quase 90% dos casos. E mesmo sendo a quarta principal causa de morte no mundo, 50% dos pacientes são diagnosticados quando a doença já está em estágio moderado.
Ainda não existe cura para a DPOC, portanto o Dr. Megda ressalta, “embora a doença atinja mais homens e pessoas com mais de 40 anos, jovens e mulheres também devem estar atentos aos sintomas. A prevenção como, parar de fumar, é a melhor opção para evitar a doença e o diagnóstico precoce, a principal medida para evitar complicações”. Além do acompanhamento médico e do tratamento convencional com medicamentos, existem outras medidas importantes para evitar restrições no dia a dia do paciente como não fumar, manter uma prática regular de atividade física leve de acordo com orientação médica, além da vacinação contra gripe e pneumonia.
Já a bronquite é uma doença que pode se manifestar de duas formas: como bronquite aguda, um tipo de infecção na maioria das vezes causada por vírus e acompanhada de uma gripe ou resfriado que dura algumas semanas; ou bronquite crônica, que assim como a DPOC, é resultado também do tabagismo, ou muita exposição à poeira, poluição ambiental, fatores genéticos e infecções, e acompanha o paciente para o resto da vida. “No caso da bronquite aguda, o incomodo do paciente é temporário e, quando a infecção é viral, não há necessidade de medicação. Nos casos de infecção por bactérias, é indicado o uso de antibióticos e repouso”, explica o Dr. Megda.
As opções mais modernas para o tratamento de DPOC fazem parte das classes de antagonistas muscarínicos de longa duração (LAMA) e beta-agonistas de longa duração (LABA). Para trazer mais conforto aos pacientes, foi desenvolvido um dispositivo que une os princípios ativos (brometo de tiotrópio + olodaterol) em uma única apresentação capaz de promover dupla broncodilatação, facilitando o tratamento diário dos pacientes sintomáticos, com dispneia, segundo as recomendações para o tratamento da DPOC pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Fonte: Assessoria de imprensa.