A primeira palestra foi a do Dr. Otávio Clark, sobre Avaliação de Tecnologias em Saúde. O doutor usou um caso bem emblemático da atualidade, o de Angelina Jolie, para mostrar, que para compreendermos melhor a ATS, devemos ter uma visão “desapaixonada” da história. Apesar das críticas, a atriz tomou a decisão clinicamente correta, segundo Clark, o problema da má repercussão foi a maneira apaixonada, ideológica, da discussão. Critica a maneira sensacionalista com que as matérias retratam a cura do câncer. “O pior dia na vida de um oncologista é a segunda feira, depois do fantástico, que a cada vez descobre a cura do câncer”, afirma Dr. Otávio.
O doutor explica que tecnologia em saúde é qualquer coisa que pode ser aplicada na vida das pessoas. Desde O PET/CT (equipamento que une os recursos diagnósticos da Medicina Nuclear, PET, e da Radiologia,CT ), até um comprimido como aspirina ou um exame clínico.
A pergunta que fez todos pesarem cautelosamente a respeito foi: “Quanto você pagaria para ter um ano a mais de vida?” Retratando sobre a qualidade de vida, Qualy. Do ponto de vista de custo e objetividade é oferecer melhor qualidade de vida ao beneficiado que não tem uma expectativa de vida muito longa, fazendo com que o investimento seja para que o paciente possa ficar livre do sintoma e não somente aumente os seus dias.
Infelizmente a sociedade não pode arcar com os custos que precisam ser investidos, para que haja uma melhor qualidade de vida.
A falta de vontade política, no investimento em novas tecnologias é um dos problemas que precisam ser enfrentados com sobriedade, enfatiza o especialista. “O ideal é que as coisas funcionassem mais e custassem menos, o que a gente chama de uma tecnologia dominante, mesmo sendo quase impossível hoje em dia”, e para ter um investimento em tecnologias que funcionem, mesmo a um custo alto, é necessário saber os limites, ou seja, quanto podemos ou estamos dispostos a investir, conclui Dr. Otávio, enfatizando a necessidade dessa discussão para que novas medidas venham ser tomadas, para melhoria na área de saúde pública, visto que o Brasil é um dos países que menos investem na saúde, cerca de $ 674 de renda percapita e paga 36% de imposto.
Perguntas podem ser enviadas através do formulário online:
Cortesia do Dr. Otávio Clark, a apresentação da palestra.