Segundo a última pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade, do grau mais leve ao incapacitante. Metade (47%) sofre de algum nível de depressão, doença que Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que será a maior causa de incapacidade no mundo até 2020.
Para Dayane Fagundes, psicóloga chefe do FalaFreud, principal plataforma de terapia online, as pessoas têm apresentado episódios de transtornos mentais mais frequentes em ambientes de trabalho considerados estressantes. Esses episódios são desestimulantes, e impactam negativamente no engajamento e produtividade da equipe.
“Quando estamos felizes, estamos consequentemente mais propensos a prosperar profissionalmente. Porém, quando estamos sofrendo, nosso trabalho também é prejudicado. Assim, os empregadores precisam reconhecer que a eficiência e bem-estar andam de mãos dadas,” explica Dayane.
Os dados da pesquisa mais recente da Global Benefits Attitudes constatam que os níveis de desligamento no trabalho aumentam significativamente quando os funcionários experienciam altos níveis de estresse. Além disso, o estudo afirma que ocorreu 50% de presentismo (dias de produtividade extremamente baixa) em funcionários altamente estressados.
“Muitos vão ao trabalho mesmo quando apresentam quadros incapacitantes de transtorno mental, com medo de serem repreendidos ou até demitidos. Então, fora o alto nível de faltas, a produtividade também é prejudicada nestes cenários”, elabora Fagundes.
O médico do trabalho João Silvestre da Silva-Junior, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, levantou dados que afirmam que, em 2011, transtornos mentais foram responsáveis pelo pagamento de mais de 211 milhões de reais a novos beneficiários no Brasil. Nos Estados Unidos, o prejuízo com a perda de produtividade gerada por esses mesmos transtornos supera os 19 bilhões de dólares por ano, conforme aponta o instituto de pesquisa Gallup.
Apesar disso, dados levantados pela consultoria Mercer apontam que 46% das empresas não planejam investir em um programa de saúde mental nos próximos anos. Atualmente, apenas 18% mantêm algo nesse sentido, sendo que somente 5% contam com um psicólogo para os funcionários.
“Para as empresas mudarem essa realidade, não basta apenas perguntar às pessoas se elas estão bem. É sobre ser humano novamente. Trata-se de mudar nossa cultura e mostrar empatia aos nossos colegas, clientes e líderes”, alerta a especialista.
Por isso, Dayane afirma que o melhor a se fazer é buscar especialistas que possam cuidar dos funcionários da empresa: “Existem diversos serviços que oferecem a disponibilidade de atendimento para equipes de todos os tamanhos e áreas. O FalaFreud é um desses exemplos, com atendimento online que facilita ainda mais o acesso ao colaborador. Mais de 70% dos usuários da plataforma sentiram evolução profissional após iniciarem processo terapêutico.”
Fonte: NR7 Comunicação