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SBH divulga condutas para prevenção e controle da hipertensão arterial

Orientações a médicos e profissionais de saúde visa a reverter a incidência gigante da HA no País.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão lança hoje durante seu XXVII Congresso, em São Paulo, uma série de recomendações aos médicos e profissionais de saúde, com o objetivo de tentar reverter a incidência da HA no País. Denominado de Call to Action, o documento traz, de forma didáticas as melhores condutas para o dia a dia da assistência aos pacientes.

Dados

No Brasil, a hipertensão arterial – HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). Junto ao Diabetes Mellitus, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar, estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015. Em 2013 ocorreram 1.138.670 óbitos, 339.672 dos quais (29,8%) decorrentes de DCV, a principal causa de morte no País. O Sistema Único de Saúde é responsável por 80% dos atendimentos em suas 35.000 Unidades Básicas de Saúde.

Condutas

Intervenções simples para a Hipertensão arterial são possíveis em todos os contextos e podem fortalecer a atenção primária, pondera a SBH. Há evidências de que políticas baseadas em evidências são essenciais para a prevenção, como as mudanças de estilo de vida. As intervenções na HA podem ser modelo para o controle de outros fatores de risco para doença não transmissível. Confira a seguir os prontos do Call to Action.

Seguir as melhores práticas

• Manter se atualizados com os padrões globais na prevenção e controle da hipertensão arterial.

• Medir a pressão arterial em todas as consultas clínicas relevantes.

• Promover, adquirir, e reforçar o uso de monitores validados para a medida da pressão arterial mais precisa da mesma.

• Avaliar o risco cardiovascular de forma objetiva, e verificar a presença de lesão de órgãos alvo nos pacientes diagnosticados com hipertensão arterial. Tratar todos os riscos cardiovasculares por padrões reconhecidos nacional e internacionalmente.

• Utilizar um algoritmo de orientação simples no diagnóstico e tratamento da hipertensão em todos os

pacientes, exceto naqueles que não são adequados para o algoritmo ou com contraindicações.

• Aperfeiçoar os cuidados com foco no paciente, utilizando uma abordagem baseada em equipe, empregando profissionais de saúde não médicos para medida da pressão arterial e realização de outras tarefas.

• Tratar os indivíduos que apresentem pressão arterial de 160/100 mmHg, ou acima, imediatamente, com mudança no estilo de vida e medicação.

• Avaliar, regularmente, a adesão do paciente, e utilizar registros com relato do desempenho.

•Avaliar o paciente quanto à dieta, uso de tabaco, álcool, atividade física e obesidade; e fornecer orientação individualizada, incluindo a parada do tabagismo e redução do consumo de álcool.

• Participar de programas de triagem na comunidade, para medida da pressão arterial, tais como May Measurement Month [Maio Mês da Medida] e Dia Mundial da Hipertensão (17 de maio).

Envolver a assistência básica

• Garantir que os profissionais da atenção primária tenham papel central nas estratégias de controle da

hipertensão.

• Desenvolver programas de educação que tenham como foco intervenções chave, incluindo o uso de tecnologia, para controle sistemático da hipertensão arterial.

• Fornecer ao paciente os dados de monitoramento domiciliar da pressão arterial, para aumentar a adesão e reduzir a inércia terapêutica.

Empoderamento dos pacientes – Encorajar os pacientes para:

 Seguir estilos de vida saudáveis.

 Ter a pressão arterial verificada regularmente, conhecer, e entender seus números.

 Criar uma rotina para a medicação, monitorar as medicações, e adesão ao tratamento.

 Conectar se com os profissionais de saúde por meio de ferramentas digitais e móveis.

 Manter redes sociais de apoio, visto que elas podem melhorar a eficácia do tratamento.

Reconhecer e recompensar

• Reconhecer programas e indivíduos, superando as barreiras e melhorando os resultados.

• Indicar programas merecedores, representantes dos programas, assim como indivíduos, para o recebimento de prêmio de reconhecimento da Liga Mundial de Hipertensão e Sociedade Internacional de Hipertensão.

Defender

• Políticas que promovam dietas saudáveis, facilitam a atividade física, reduzam o sódio, diminuam o consume prejudicial de álcool, e eliminem o tabagismo e o uso de gordura trans artificial.

• Políticas que assegurem a venda e uso de monitores de pressão arterial automáticos, validados.

• Atualização dos formulários nacionais de medicamentos para garantir a disponibilidade e acessibilidade de medicamentos anti hipertensivos de alta qualidade; com ênfase na combinação de medicações em comprimido único de longa ação.

• Treinamento e certificação regular dos profissionais de saúde que fazem a medida de pressão arterial

regularmente.

•Cuidados com foco no paciente, baseados no trabalho de equipe.

• Uso de registros da hipertensão arterial para acompanhamento clínico e retorno do grau de desempenho.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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