No Dia Nacional de Imunização, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta sobre a queda no número de pessoas vacinadas – um fenômeno que, cada vez mais, tem chamado a atenção.
A especialista em vacinas doLaboratório Delboni Auriemo – que integra a Dasa, líder de medicina diagnóstica no Brasil, Maria Isabel de Moraes Pinto, destaca que “manter a caderneta de vacinas atualizada é a forma mais eficaz de prevenir doenças que podem ser muito graves, especialmente quando observamos o ressurgimento de infecções antes controladas ou eliminadas”.
O Brasil é detentor do maior programa público de vacinação. O Programa Nacional de Imunização oferece as 27 vacinas recomendadas pela OMS, para todos os ciclos de vida – criança, adolescente, adulto, idoso e gestantes.
Porém, ainda assim, observa-se uma diminuição na procura pelo serviço nos últimos dois anos. Isso pode acarretar no reaparecimento de doenças consideradas eliminadas ou até erradicadas do país. É o caso, por exemplo, do sarampo, com 83 casos já confirmados este ano.
Para Maria Isabel, a poliomielite é uma doença que também gera preocupação. “Se reintroduzida, a poliomielite pode levar a sequelas permanentes nos pacientes que forem acometidos, por isso a importância da imunização”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, todas as vacinas indicadas para os dois primeiros anos de idade praticamente não atingiram a meta estabelecida pelo órgão em 2017. As fake news e a resistência em acreditar na eficácia dos imunobiológicos são fatores que contribuem para a queda. “As redes sociais e aplicativos de mensagens dissipam diversas notícias falsas que podem confundir a população sobre a importância das vacinas.
Alguns canais, mesmo sem credibilidade, influenciam muito o comportamento das pessoas em diferentes esferas, inclusive na saúde, e, alguns movimentos antivacina repercutiram informações falsas sobre o tema. Por isso, desenvolvemos ações junto aos nossos pacientes nesta data e durante todo o ano para esclarecer sobre a importância da vacinação para a saúde, e contamos com o apoio da imprensa para este alerta”, explica.
Gripe
O Estado de São Paulo teve apenas 73,2% de cobertura vacinal e está entre os três Estados com pior índice, atrás apenas do Acre (73%) e do Rio (63,7%). Até o último dia 11, foram registrados 807 casos de síndrome respiratória grave aguda por influenza no Brasil, com 144 mortes
O subtipo predominante no País é o vírus influenza A (H1N1), com 407 casos e 86 óbitos. Em São Paulo, foram 51 óbitos este ano, segundo o ministério – a pasta estadual não divulgou o número. Em 2018, no mesmo período, foram 71 mortes.
Esquema vacinal
Cada faixa etária tem um calendário vacinal que contempla as infecções mais comuns para as quais há vacinas disponíveis. Do nascimento até os 9 anos de idade completos, utiliza-se a caderneta infantil.
A partir daí, até os 19 anos de idade, é importante fazer a atualização do calendário do adolescente, onde entram vacinas como HPV. Dos 20 aos 59 anos, completa-se a carteira do adulto e, em seguida, começa a caderneta do idoso. Gestantes, pessoas com condições especiais, como pacientes transplantados, portadores de HIV e imunossuprimidos têm calendário próprio.
“Dispomos, atualmente, de muitas vacinas para diferentes grupos etários, o que nos permite prevenir muitas doenças. Para que isso aconteça de maneira segura e eficiente, é necessário procurar orientação médica”, finaliza a especialista.
Fonte: Bowler Assessoria de Imprensa