A doença é mais comum entre os 20 e 30 anos; sintomas podem ser sutis em estágio inicial e têm comportamento remitente recorrente, ou seja, são caracterizados por crises que “vão e voltam” inesperadamente.
Sintomas como desequilíbrio, fraqueza e visão turva podem estar associados a muitas doenças, entre elas, a Esclerose Múltipla. Segundo o Dr. Rafael Paternò, médico neurologista do Hospital 9 de Julho, estimativas mostram que em São Paulo, a doença atinge aproximadamente 6 mil pessoas.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, ou seja, acontece quando o sistema de defesa do corpo ataca o próprio organismo. O alvo dos ataques da EM é a mielina, uma capa de gordura que cobre e protege os neurônios.
Segundo o Dr. Paternò a doença é mais comum em jovens, entre 20 e 30 anos. Perda de visão, fraqueza, tontura, formigamento ou dormência nos braços e pernas e desequilíbrio são os sintomas mais comuns.
A doença também apresenta sintomas invisíveis, como fadiga e dor. São chamados assim porque, na maior parte das vezes, surtos intercalados com períodos de melhora dificultam o diagnóstico. Por isso, o médico recomenda que, ao desconfiar dos sintomas, o paciente deve procurar um neurologista para fazer exames como ressonância magnética e coleta de líquor que ajudam a fechar o diagnóstico e orientar o tratamento. “A partir do início do tratamento, a atividade da doença pode ser reduzida ou até interrompida” esclarece o Dr. Paternò.
O tratamento é baseado em medicamentos que impedem o aparecimento dos surtos e diminuem as chances de o paciente desenvolver sequelas como dificuldade de se locomover. O Dr. Paternò explica que é imprescindível o acompanhamento multidisciplinar. “É importante que o paciente tenha um acompanhamento de fisioterapeutas e psicólogos que o ajudem a lidar com a doença”.
O especialista esclarece que a doença não costuma ser fator limitante para que o paciente tenha uma rotina normal. “Apesar de não ter cura, a Esclerose Múltipla não impede necessariamente que o paciente tenha uma vida normal. Para isso, adotar uma vida saudável e continuar com o tratamento são fatores determinantes para evitar os surtos e sequelas”.
Fonte: RPMA Comunicação