A Pfizer acaba de lançar o medicamento Ibrance (palbociclibe), uma terapia inovadora para o tratamento do câncer de mama metastático do tipo hormônio receptor positivo (HR+) e HER2- em mulheres na pós-menopausa. Ou seja, são pacientes com tumores que crescem em resposta aos hormônios estrogênio ou progesterona e não estão relacionados à proteína HER2. Há mais de 10 anos não se havia um tratamento inovador de primeira linha para esse tipo de câncer, que corresponde à maioria dos casos de tumores mamários.
Por representar um avanço importante no tratamento do câncer de mama e ser uma alternativa terapêutica única em cenários sem outras opções, Ibrance foi incluído na lista de medicamentos de revisão prioritária da Food and Drug Administration (FDA) já em 2014, recebendo aprovação logo depois nos Estados Unidos, em fevereiro de 2015, dois meses antes do previsto. O medicamento também está licenciado na União Europeia, desde 2016 e neste ano foi aprovado no Brasil.
Ibrance está indicado em combinação com o fármaco letrozol como tratamento de primeira linha para pacientes que não receberam tratamento sistêmico anterior para a doença em estágio avançado. Como segunda linha, Ibrance pode ser prescrito em associação com fulvestranto para mulheres com câncer de mama avançado nas quais a doença tenha progredido durante ou após terapia endócrina.
O medicamento representa, ainda, a continuidade dos investimentos da Pfizer no desenvolvimento de tratamentos contra o câncer de mama, um trabalho iniciado com Aromasin, medicação aprovada nos Estados Unidos em 2007 e, no Brasil, em 2009.
Metástase
O diagnóstico precoce é importante para reduzir o risco de metástase em mulheres com câncer de mama, mas até 30% das pacientes evoluem com progressão da doença e aparecimento de metástases mesmo que a enfermidade tenha sido detectada precocemente, o que evidencia a importância de opções terapêuticas capazes de satisfazer essa necessidade médica e beneficiar as pacientes.
“A chegada de Ibrance no País representa um passo muito importante para as brasileiras, como forma de aproximá-las de uma terapia inovadora que tem sido amplamente utilizada em outros países”, diz o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia. “Se no passado as perspectivas eram limitadas para essas mulheres, hoje podemos pensar em um cenário de controle da doença e de manutenção da qualidade de vida, mesmo quando o diagnóstico ocorre em estágio avançado, uma situação que é comum no Brasil”, completa.