Os direitos das pessoas diagnosticadas com doença renal crônica e das transplantadas renais serão discutidos na quinta-feira (15) em audiência pública da Comissão Senado do Futuro (CSF). A intenção é debater os aspectos da legislação que precisam ser atualizados para a garantia efetiva dos direitos sociais a esses brasileiros.
A doença renal crônica é caracterizada pela lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins. Em 2016, 5,7 mil pessoas fizeram transplante de rim no país, quantidade que vem aumentando, em média, 10% de um ano para o outro, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Já o número de pacientes com doença renal crônica que precisaram de diálise cresceu de 42 mil, em 2000, para 122 mil em 2016.
Para debater o assunto, foram convidados Antonio Muniz, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade); Carmen Tzanno Branco Martins, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia; João Adilberto Xavier, presidente da Federação das Associações de Renais e Transplantados do Brasil.
A lista de convidados inclui ainda representantes do poder público: Rosana Reis Nothen, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplante do Ministério da Saúde; Sandro Martins, coordenador-geral de Atenção Especializada do Ministério da Saúde; e Carlos Cavalcante de Lacerda, secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
O pedido de realização da audiência é do presidente da comissão, senador Hélio José (Pros-DF). A reunião está marcada para às 17h, na sala 13 da Ala Alexandre Costa, no Anexo 2 do Senado.
Conscientização
No último dia 8, além de comemorado o Dia Internacional da Mulher, também foi celebrado o Dia Mundial do Rim. A data é comemorada na segunda quinta-feira do mês de março. No Senado, o dia foi lembrado em sessão especial em que foi reforçada a importância da prevenção de doenças renais principalmente entre o público feminino – o mais propenso a esse tipo de doença, de acordo com a Sociedade Internacional de Nefrologia.