“Olhares HIV e Aids no Brasil” é o nome do projeto composto por três obras – documentário, série de TV e livro – que traz reflexões sobre o panorama da Aids no Brasil. Criado pelo produtor, diretor e roteirista André Canto, o projeto aborda o caminho da síndrome em território nacional, tanto no que se refere à evolução nos tratamentos quanto à estagnação da percepção da doença, que continua cercada de preconceito e falta de informação. O documentário, primeiro longa direção de Canto para o cinema, tem previsão de estreia em 2018.
Para buscar entender a gritante disparidade entre a evolução no tratamento do HIV e a mentalidade em relação à infecção, Canto entrevistou pessoas que vivem com o vírus, especialistas, personalidades e autoridades. Entre os entrevistados estão os ministros da Saúde nos governos de FHC e de Lula, senador José Serra e José Gomes Temporão; os médicos Valéria Petri e Dráuzio Varella; Wanessa Camargo, embaixadora de Boa Vontade do UNAIDS; as jornalistas Ligia Formenti e Marina Person; o deputado Jean Wyllys; Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, entre outros.
“Nesse trabalho, conversei com várias pessoas que fizeram parte dessa história das mais diferentes maneiras. Percebi que os avanços foram muitos, principalmente na prevenção e no tratamento. Mas apesar de todos esses avanços, o estigma e o preconceito com as pessoas que vivem com o HIV ainda são muito grandes. Essa é a minha principal motivação para contar essa história”, explica Canto.
Ainda em estágio de finalização, o documentário “Olhares HIV e Aids no Brasil” tem roteiro de Gabriel Estrela, André Canto, Gustavo Menezes e Ricardo Farias; e consultoria técnica do infectologista Ricardo Vasconcelos e do UNAIDS.