A manifestação ocorreu no cruzamento da Avenida Orozimbo Maia com a rua José Paulino, no Centro, com cerca de 30 pessoas. Eles alegam falta de insumos para tratar a doença.
Um grupo de pacientes com diabetes fez um protesto no Centro de Campinas (SP), na tarde desta quinta-feira (9), para reivindicar medicamentos para tratar a doença. Uma das manifestantes, a cerimonialista Luciana Cervantes, conta que os diabéticos têm recebido kits incompletos de insumos para o tratamento.
“Nós temos ordem judicial para receber os remédios, mas aí vem em um mês, falta no outro […] e sempre vem faltando alguma coisa nos kits. No último ano isso só piorou”, diz.
Segundo a cerimonialista, os medicamentos deveriam ser entregues pela Secretaria de Saúde do Estado que, em nota enviada às 19h31 desta quinta (9), justificou que “o fornecimento de insulinas e insumos compete à atenção básica, isto é, aos municípios.”
Segundo a secretaria, itens não previstos na lista federal são fornecidos judicialmente. “A judicialização da saúde é um fenômeno brasileiro, que distorce o conceito do SUS (Sistema Único de Saúde), uma vez que privilegia o individual do detrimento do coletivo e parte da premissa equivocada de que o poder público deve fornecer ‘tudo para todos’, o que não acontece em outros países onde a saúde é universal, como Canadá e Inglaterra”, defende.
De acordo com a pasta, em casos de decisões judiciais, “o DRS inicia imediatamente o processo de aquisição tão logo recebe a notificação e empenha-se para atender todos os pacientes o quanto antes, solicitando agilidade na entrega aos fornecedores e comunicando os pacientes tão logo há disponibilidade. Por vezes, os produtos imediatamente disponíveis são entregues, para continuidade do atendimento.”
A nota ainda informa que “o órgão estadual deve seguir a Lei Geral de Licitações para a compra de qualquer produto”, e ressalta que “alguns fatores alheios ao planejamento, podem prejudicar a agilidade no processo, como o atraso por parte do fornecedor; os pregões ‘vazios’ (quando nenhuma empresa oferta o medicamento); ou até os pregões ‘fracassados’ (quando as empresas estabelecem preços acima da média de mercado, o que inviabiliza legalmente a aquisição).”
A Secretária de Saúde não informou um prazo para resolver a situação dos pacientes que protestaram nesta quinta (9). Destacou apenas que “o DRS mantém reuniões com famílias e pacientes que retiram os itens em questão, recebeu cada caso e faz levantamento individual para prestar esclarecimentos e providências.”
De acordo com a Emdec, o ato teve início às 14h08, acabou no meio da tarde e não houve registro de reflexos no trânsito da região.