Tireoide é uma glândula que tem a forma de borboleta e que fica localizada na região anterior do pescoço. Ela produz dois importantes hormônios que orquestram o bom funcionamento do nosso organismo: o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina), reguladores de órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins.
A tireoide começa a produzir esses hormônios já durante a nossa formação, por volta da oitava semana de gestação. Eles atuarão diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes.
A glândula pode apresentar problemas de funcionamento, produzindo hormônios de forma insuficiente, levando ao hipotireoidismo ou, em excesso, causando o hipertireoidismo. Essas duas situações podem levar ao aumento da tireoide, que é conhecido como bócio.
A falta dos hormônios da tireoide deixa o metabolismo lento, levando à dificuldade de perder peso ou facilidade de ganhá-lo, pele seca, diminuição de memória, cansaço excessivo e sonolência, aumento da pressão arterial, do nível de colesterol e pode haver desenvolvimento de sintomas depressivos. Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo. A detecção desse problema é possível por meio do teste do pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, após as primeiras 48 horas até o quinto dia de vida do bebê.
Já o excesso de hormônios do hipertireoidismo geralmente leva a uma perda de peso, aumento da frequência cardíaca, arritmias, tremores de extremidades, aumento do funcionamento do intestino, insônia, agitação, mas também com um aumento do cansaço.
É importante lembrar que os sintomas das disfunções tireoidianas podem variar bastante entre as pessoas e também de acordo com a idade de acometimento. Geralmente elas podem ser facilmente detectadas em exames de sangue.
Pode ocorrer também o aparecimento de nódulos na tireoide. Estima-se que cerca de 60% da população brasileira tenha nódulos na glândula em algum momento da vida. Eles devem ser avaliados sempre por um endocrinologista que vai solicitar os exames necessários para descartar a presença de um câncer. Somente 5% dos nódulos da tireoide são malignos.
*Dra. Hevelyn Garcia, endocrinologista do Centro VITA de Tratamento da Obesidade e Diabetes