Há um ano eram registrados os primeiros casos de microcefalia ligados ao zika vírus no País. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que durante este período foram contabilizados mais de 1.800 casos em todo território nacional.
Ainda com grande foco na região Nordeste, por conta do clima, a doença continua deixando as grávidas em alerta. No entanto, o neuropediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Rafael Guerra, destaca que “é possível que as crianças com microcefalia tenham certo desenvolvimento, variando de acordo com o quadro clínico do paciente”.
O especialista ressalta que o diagnóstico precoce é primordial para o tratamento eficaz da doença, que pode ser feito através da fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e demais especialidades que se façam necessárias para melhorar a qualidade de vida do paciente.
“Durante este ano foram lançados alguns projetos de auxílio a estes pacientes e suas famílias. Além de centros colaborativos para tratamento e treinamento de profissionais para cuidados de pacientes com microcefalia”, pontua Guerra.
O neuropediatra destaca ainda que a Medicina continua em constante estudo para cada vez mais promover o bem estar não apenas à criança, mas aos familiares.
“É importante lembrar que todos precisam de atenção e cuidado quando uma criança é diagnosticada com microcefalia. As famílias devem entender o grau que a doença se encontra e como se adaptar a essa nova rotina”, explica.
Rafael Guerra reforça que não existe tratamento ou vacinas para o zika vírus, assim como também não há tratamento curativo para os casos de microcefalia. “A prevenção passa a ser a melhor medida a ser tomada.”