É indiscutível a importância das células-tronco para o futuro medicina. Elas podem se dividir e originar outros tipos de células mais especializadas. Com uma só célula-tronco, é possível obter milhares de outras. Elas têm o potencial para revolucionar a medicina. Seria possível fazer órgãos sob medida, acabando com as filas de transplantes.
Segundo Luiz Rizzo, diretor do Centro de Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, “estamos engatinhando nesta área de pesquisa em células-tronco aqui no Brasil, uma vez que é cara, necessita de uma equipe extremamente capacitada (massa crítica), que já existe, mas ainda não é o suficiente. Mas acredito que temos caminhado dentro do possível, até porque o país tem outras áreas que precisa pesquisar”, ponderou o II Encontro Nacional de Blogueiros da Saúde.
“É um momento delicado, pois nosso país andou devagar em termos de pesquisa, mas rapidamente nas restrições. Então a Legislação já antecipa, restringe o que você pode ou não fazer, não digo que é certo nem errado, mas elas apareceram antes da nossa evolução científica.
Rizzo orientou aos convidados que não se deixem levar por falsas comunicações, uma vez que o grande problema da informação médica divulgada na Internet é checagem do conteúdo. “Quando você dá um remédio a um individuo, ele só que saber se vai funcionar ou não, mas o estudo médico ainda está em processo. Imagine quando você dá para uma pessoa um remédio vivo, como uma célula tronco? Estamos falando de estruturas que ainda são muito complexas até hoje. Não é tão simples quando dar trinta gotas de novalgina”, explica. “O lugar correto para checar informação médica é PubMed*, onde trabalho sérios são citados”, finalizou Rizzo.
* PubMed é um banco de dados possibilitando a pesquisa bibliográfica em mais de 17 milhões de referências de artigos médicos publicados em cerca de 3.800 revistas científicas .