Home / Notícias / Programa capacita profissionais da saúde para diagnosticar precocemente o câncer infantojuvenil

Programa capacita profissionais da saúde para diagnosticar precocemente o câncer infantojuvenil

O Instituto Ronald McDonald, que atua há 20 anos nas necessidades de crianças e adolescentes com câncer, já capacitou 26.306 profissionais para identificar a doença precocemente

O câncer é uma das doenças que mais mata crianças e jovens de 1 a 19 anos, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por isso, identificar precocemente o câncer infanto-juvenil é determinante para que o tratamento tenha mais chances de apresentar resultados positivos.

A cada hora, um novo caso de câncer surge em crianças e jovens no Brasil, mas os seus sintomas podem ser silenciosos, principalmente porque se confundem com outros sinais de doenças comuns da infância, como febre ou dores de crescimento. Assim, os profissionais de saúde precisam ter conhecimento sobre os riscos da enfermidade e saber o encaminhamento adequado para as crianças ou adolescentes que apresentam possíveis sintomas. Por esta razão, o Instituto Ronald McDonald investe na ampliação das chances de cura em crianças e adolescentes com câncer no Brasil através do Programa Diagnóstico Precoce, que capacita profissionais da saúde para identificar a doença precocemente.

Em 2019, a metodologia do Programa Diagnóstico Precoce possibilitou a ampliação do público capacitado: não só os profissionais da Atenção Básica de Saúde receberão a capacitação, mas também pediatras da rede SUS e privada, estudantes de medicina e outros profissionais que lidam diretamente no cuidado da criança e do adolescente. “A carga-horaria do curso é dividida entre Capacitação e Sensibilização e depende do público-alvo a ser alcançado”, explica Viviane Junqueira, que coordena a área de Programas e Projetos apoiados pelo Instituto Ronald McDonald.

No Brasil, o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantil e juvenil é longo e por isso muitos pacientes chegam ao tratamento em fase avançada da doença. De acordo com pesquisa realizada pelo Inca, cerca de 80,8% dos pacientes que iniciaram o tratamento da doença chegaram ao hospital sem diagnóstico. Na década de 90, as chances de cura do câncer infanto-juvenil no Brasil eram de apenas 15%. Hoje, estudos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e do Ministério da Saúde apontam que a taxa de média de cura no Brasil é de 64%. No Brasil, estima-se que a cada ano surgem 12.500 novos casos acometidos pela doença, segundo o Inca. Desse total, cerca de 6.200 crianças são tratadas em hospitais públicos e cerca de 3.800 podem estar morrendo sem ao menos receber o diagnóstico ou ter o tratamento adequado.

“Identificar precocemente o câncer infanto-juvenil é determinante para que o tratamento tenha mais chances de apresentar resultados positivos. Os sinais do câncer na infância muitas vezes são imprecisos e por isso é importante que os pais fiquem sempre alertas. O câncer hoje é uma das doenças que mais mata na faixa etária entre 1 e 19 anos”, reforça o superintendente do Instituto Ronald McDonald, Francisco Neves.

Principais sintomas

De acordo com a Dra. Carmem Fiori, especialista em Oncologia Pediátrica, os sintomas do câncer infantil e juvenil podem se confundir com doenças comuns da infância. Por isso, os médicos precisam estar capacitados e atentos para suspeitar e realizar o encaminhamento adequado.

É preciso reconhecer os principais sinais e sintomas para ampliar as chances de cura das crianças e adolescentes e diminuir também o sofrimento e as sequelas do tratamento. Em crianças, os tipos de câncer mais frequentes são as leucemias. Cerca de 30% das crianças com câncer possuem algum tipo de leucemia, que tem como principais sinais e sintomas: a anemia, palidez de pele e mucosas, que pode vir ou não associada a febre”, explica a especialista.

Ela ainda destaca que todos devem se alertar para esses sintomas e, por isso, é muito importante falar mais sobre a doença. “Dores de cabeça muito fortes, por exemplo, podem indicar tumores no sistema nervoso central. Muitas vezes essas dores aparecem intensas e durante a noite, chegando até a acordar a criança. Podem vir acompanhada de náuseas ou vômitos. Algumas vezes a criança acorda, vomita e volta a dormir. Isso não é normal, e deve acender o alerta de que pode ser uma doença mais grave”, orienta a médica.

A especialista também ressalta os principais desafios para ampliar as chances de cura no Brasil. “A suspeita diagnóstica ainda está aquém do ideal. As vezes a dificuldade no diagnóstico acontece por ser uma doença rara, em que os sintomas se confundem com outras doenças e os próprios médicos não estão capacitados para o diagnóstico precoce do câncer. O que fazemos através do Instituto Ronald McDonald, capacitando profissionais para que eles suspeitem e encaminhem mais rapidamente as crianças com suspeita de câncer, é uma das principais ações que garantem maiores chances de cura e menores sequelas do tratamento”, finaliza.

Conheça os principais sintomas do câncer infantil e juvenil:

  • Febre;
  • Vômito;
  • Constipação;
  • Aumento do volume na barriga;
  • Tosse;
  • Dor de cabeça;
  • Crescimento dos gânglios linfáticos (especialmente pescoço, axila e virilha);
  • Sangue na urina;
  • Palidez da pele e mucosas;
  • Roxos na pele sem que haja atrito ou queda;
  • Dor óssea/muscular

Sobre o Instituto Ronald McDonald

Organização sem fins lucrativos, o Instituto Ronald McDonald (IRM) atua há 20 anos para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil e aumentar as chances de cura da doença aos mesmos patamares dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Para atingir esse objetivo, o Instituto Ronald McDonald trabalha promovendo a estruturação de hospitais especializados, a hospedagem para famílias que residem longe dos hospitais, a capacita profissionais de saúde para realizarem o diagnóstico precoce, incentiva a adesão a protocolos clínicos e promove disseminação de conhecimento sobre a causa. A ONG faz parte do sistema beneficente global Ronald McDonald House Charities (RMHC), presente em mais de 60 países, coordenando os programas globais: Casa Ronald McDonald, voltado para a hospedagem, transporte e alimentação dos pacientes; e o Programa Espaço da Família Ronald McDonald, que torna menos desgastante o dia a dia das famílias durante o tratamento. No Brasil, há ainda outros dois programas locais: Atenção Integral e Diagnóstico Precoce, com ações específicas de combate ao câncer infanto-juvenil. O Instituto conta com o apoio de diversas empresas e pessoas físicas para desenvolver e manter seus programas. Saiba mais sobre as fontes de arrecadação, os programas e as instituições beneficiadas em http://www.institutoronald.org.br.

Fonte: Assessoria de imprensa.

Sobre Priscila Torres

mm
O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

Além disso, verifique

Convite aos pacientes reumáticos brasileiros: participem da pesquisa online sobre a experiência dos pacientes em Decisões Compartilhadas com o seu reumatologista

Participe até o dia 24 de março Convidamos os pacientes reumáticos para participarem desta pesquisa …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fale Conosco
Suporte aos Pacientes
Olá, envie a sua mensagem para o nosso Programa de Suporte aos Pacientes