Médico do Hospital Moinhos de Vento foi o primeiro cirurgião brasileiro no mundo a realizar cirurgia totalmente robótica para tratamento de câncer de bexiga.
Considerado um dos tipos mais letais da doença, o câncer de bexiga afeta a camada muscular, e o tratamento de escolha costuma ser a retirada do órgão. Tradicionalmente, essa cirurgia complexa é realizada com grandes cortes. Pela primeira vez no Sul do Brasil, foram realizadas esta semana cirurgias totalmente robóticas para retirada da bexiga e reconstrução urinária. Em função de sua complexidade, o procedimento ainda é realizado por poucos médicos em todo o mundo.
Coordenador do Núcleo de Medicina Robótica do Hospital Moinhos de Vento, Dr. André Berger foi o primeiro brasileiro a realizar esse tipo de procedimento. Um dos maiores especialistas na área, ele ressalta que “a cirurgia robótica é uma excelente alternativa para o tratamento do câncer de bexiga invasivo, desde que realizada por equipe experiente e em centro de referência para tratamento de câncer de bexiga”. Segundo ele, esses são pré-requisitos fundamentais para impactar positivamente os desfechos dos pacientes.
No Hospital Moinhos de Vento, um paciente masculino de 69 anos foi submetido à cirurgia robótica. Sua bexiga retirada e o sistema urinário foram reconstruídos pela equipe composta, ainda, pelos cirurgiões Milton Berger, Giorgio Rabolini e Guilherme Ribeiro. O procedimento foi realizado em cerca de 5 horas e meia. Não foi apresentada nenhuma complicação, com mínimo sangramento. A cirurgia foi totalmente finalizada com uso do robô.
Referência global
Berger é Professor de Urologia na Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles, nos Estados Unidos. O centro é referência global em procedimentos complexos robóticos para casos de câncer urológico.
A cirurgia robótica pode ser utilizada em uma grande variedade de tratamentos urológicos. Entre seus principais diferenciais estão o alto nível de precisão, menor tempo de internação e de recuperação, diminuição da dor e da utilização de medicações analgésicas.
Fonte: Assessoria de Imprensa